Querer

Às vezes não me apetece crescer nem estar à altura dos dezoito, não me apetece ter responsabilidades nem deixar tudo para trás, não me apetece abandonar aqueles especiais (alguns desde os meus quatro anos) nem fazer tudo novamente, contruir amizades de raíz, conhecer uma cidade do nada e passar a chamá-la de casa, não me apetece recomeçar...mas outras vezes é tudo o que quero, oportunidade para ser o meu eu idealizado, querer viver ainda mais o que vivi, querer mudar de ares e, conhecer tudo e todos que não conheço, quero deixar alguns para trás, quero esquecer o que tentei conquistar, quero crescer e viver os melhores anos, quero apenas ter essa oportunidade de poder escolher o que julgo me fazer feliz e, arrepender-me se for preciso, quero viver como se não houvesse consequências disso, quero tudo a que tenho direito, mas como só depende de mim, não quero só a vida, quero ter a liberdade de a viver.

ODEIO

Odeio que me critiquem,

Por aquilo que não consigo fazer.

Odeio que me evitem,

Por aquilo que não faço.

Odeio que me provoquem,

E não sejam capazes de lidar com o depois.

Odeio que me mintam,

E não desculpem uma mentira.

Odeio que falem de mim pelas costas,

Mas odeio ainda mais que não me defendam.

Tempos de pequenez

Tenho saudades dos meus tempos de pequenez, tenho saudades de achar o mundo um palco de diversão, tenho saudades de chorar por um "dói-dói" no joelho, tenho saudades de rir das caretas dos avós, tenho saudades dos natais cheios de gente, tenho saudades dos jantares a três, tenho saudades dos bolos de aniversário com bonecos, tenho saudades de amuar por causa de uma barbie, tenho saudades de estudar o abc, tenho saudades de correr atrás de borboletas, tenho saudades das histórias para adormecer, tenho saudades de lamber a colher da massa do bolo, tenho saudades dos baloiços e dos escorregas, tenho saudades dos nenucos e das cozinhas do meu tamanho, tenho saudades dos dias de chuva em frente à lareira, tenho saudades de andar às cavalitas e da feira popular, tenho saudades dos castelos de areia e das braçadeiras, tenho saudades da história da Branca de Neve e da Cinderla, tenho saudades da fada-dos-dentes e de acreditar no pai natal, tenho saudades do perfume do pai, tenho saudades da bicicleta com rodinhas, tenho saudades de ser ingénua, tenho saudades de ser gente pequenina, tenho saudades de mim.

FIGURE IT OUT

I try to write and understand
I try to find me
Without ever getting lost
Trying not to forget
What i tried to remember

[Chorus]
So here I stand
With my attempts
Just trying to figure it out
Who am I?


Live each passing moment
And not think about what I could love
In my imperfect dream
In my true farce

[Chorus]

Try not keep trying
Try to achieve
But, instead all I can
Is fail

[Chorus]

Who am I?

(Mais uma letra...)

LET ME GO

I just want to leave,
Leave and never regret to do it.
I just need to run away,
Run away and never be the same again.

Go so far away
That I could just let it go,
I could just erase from my mind
The person that I knew.

So I try,
I try to stay away,
Begin to forget
The one I love the most.

But that wasn’t enough.
I need to leave,
And let it go,
Let myself go.

It’s so easy to let it go
When it doesn’t cost,
When you don’t care,
When you don’t love.

Just let me go.

Saudade

Tempos que não voltam
Momentos que não se repetem
Alegrias que não se esquecem
Experiências que nos enriquecem

Tristezas que ainda estão para vir
Preocupações por descobrir
Desilusões que nos esperam
E pessoas que nos desesperam

Oh, saudade de ser criança
Saudade de brincar
Saudade de ser feliz
Saudade do tempo em que ainda não sabia o que era a saudade

Aqueles Dias

Há dias que custa adormecer
Por pensar no que poderia ser
Há dias que custa acordar
Por pensar no que não é

Há dias que custa ver-te
Por saber o que não posso ter
Há dias que custa não te ver
Por saber que nem isso posso viver

Há dias que falar contigo
Me afastam da realidade
Há dias que não falar contigo
Me puxam para a verdade

Cegos de coração

Cegos os que amam,
Cegos os que acreditam,
Cegos os que sonham,
Cegos os que esperançam.

Neste mundo de cegos:

Sorte dos que não amam,
Sorte dos que não acreditam,
Sorte dos que não sonham,
Sorte dos que não esperançam.

Pois de cegos, nada têm.

Sabem ver para lá do visível,
Sabem viver para lá do possível.
Sorte dos cegos, que cegos de coração
Não vivem.

THERE'S NO REASON

Esta é uma letra que escrevi para uma música que ainda estou a compor.

Por favor digam-me o que pensam.

There's no reason

It seams so simple
Not complicated
But there, is more about it
That people, just couldn’t imagine

[Chorus]
So tell me what’s reason
For us to stay together
Tell me what it takes
To live this moment
And be loved

They don’t even know about us
‘Cos if they knew it would be over
None taken by the people
Only understand by us

[Chorus]

But the thing that it cost the most
Is to hear you say I love you
Not to me, but to her
So for it, it’s over know
I can’t take any longer

[Chorus]

There’s no reason…. Oh...

Porque não consegues

Porque é que não consegues ser,
Aquilo que eu quero que sejas.
Porque é que não consegues viver,
Aquilo que eu quero que vivas.

Porque é que não consegues amar,
Quem que eu quero que ames.
Porque é que não consegues olhar,
Para lá daquilo que olhas.

Porque é que não consegues sentir,
Aquilo que eu preciso que sintas.
Porque é que não consegues deixar de amar,
Quem tu precisas.

Porque é que consegues magoar,
Quem não devias.
Porque é que consegues ignorar,
Quem não merecia.

E agora pergunto:

Porque é que não consigo deixar de querer,
Quem não me queria.
Porque é que não consigo esquecer,
Quem não me merecia.

Porque é que continuo a pensar,
Naquilo que não devia.
Porque é que continuo a gostar,
De quem não me via.

Porque é que não consegues...
Diz me um dia.